AGOSTO E SETEMBRO PERIODO DE REPRODUÇÃO DO ESCORPIÃO
O mês de agosto é a época de reprodução dos escorpiões, período em que as fêmeas têm maior concentração de veneno. Por isso, o cuidado e a prevenção devem ser redobrados. O escorpião se refugia nos mais diferentes lugares como amontoados de madeira, pedras, fendas de parede ou atrás de móveis.
Medidas de prevenção:
- - Evitar entulhos e limpar a casa frequentemente para evitar o aparecimento de baratas (consequentemente você está fazendo o controle do escorpião pois a barata é alimento para ele e, se você dá alimento para um animal, a tendência é ele se reproduzir);
- - Fazer uso de tampas nos ralos de banheiro e pias de cozinha e panos nos vãos das portas;
- - Fazer a manutenção da caixa de esgoto e da caixa de gordura. O escorpião fica entocado durante o dia e sai para caçar à noite;
- - Evitar que cobertas, lençóis e colchas encostem no chão, porque eles podem subir por elas;
- - Realizar desinsetização (aplicação de inseticida) regularmente a cada 3 meses.
Se for picado, procure serviço de atendimento médico o mais rápido possível.
A resistência das galinhas ao veneno do escorpião amarelo
O dizer popular de que galinhas são capazes de fazer um controle de escorpiões, ou seja, podem diminuir ou estagnar o crescimento da população desses insetos, foi posto à prova no estudo Voracidade, reação às picadas e sobrevivência das galinhas domésticas quando se alimentam de escorpiões amarelos (Tityus serrulatus).
No Brasil, em torno de 150 mil ao ano, casos de acidentes com escorpiões são notificados e possuem um índice de mortalidade baixíssimo. Todavia, o veneno do escorpião causa males à saúde do indivíduo picado, os sintomas leves incluem dores fortes e inchaço no local da picada, então, medicamentos anti-inflamatórios são procurados pelos indivíduos lesados.
Por sua vez, os sintomas graves incluem espasmos musculares, sudorese e salivação, que podem indicar a necessidade da aplicação de soro antipeçonhento, em ambos os casos, o auxílio médico é recomendado. Logo, meios viáveis e eficazes para o combate desse tipo de animal peçonhento são bem vindos, os autores e co autores do artigo exploram essa questão e a interação predatória entre escorpiões e galinhas. A pesquisa foi realizada pelos doutorandos da EACH Gabriel Murayama e Guilherme Pagoti, juntamente com os professores José Guadanucci e Rodrigo Willemart.
O orientador do estudo, professor Rodrigo Willemart, relata o processo inicial da experiência, os pesquisadores selecionaram galinhas criadas em fazendas e recolheram escorpiões amarelos da cidade de Botucatu. Após isso, em um ambiente familiar às galinhas, elas foram postas em contato com os escorpiões, que eram colocados no chão quando as galinhas se aproximavam e, ao vê-lo, atacavam vorazmente.
A partir de registro em vídeo, os autores do estudo puderam concluir que no momento do ataque, a galinha possivelmente era picada pelo escorpião na região do bico. A maioria das galinhas, dois terços, não teve reações aversivas às picadas nem apresentou debilidades físicas após o incidente, elas apenas ignoravam e continuavam a alimentar-se vorazmente dos escorpiões oferecidos.
Embora um terço dos animais tenha tido reações como saltar, ficar com a cabeça trêmula, arranhar o bico/face com os pés, entre outras, não houve indícios de debilidades na saúde desse grupo de animais. Sobre isso, Rodrigo afirma que tais comportamentos não haviam sido vistos nas galinhas em observações anteriores e que expõe a sensibilidade delas à picada, mas, que não as afetam a longo prazo, já que todas as galinhas, com reação ou sem, mantiveram-se vivas ao final do período de observação, 30 dias.