"IMPLORANDO PARA TRABALHAR", DIZ PREFEITO DE JOINVILLE NO SENADO SOBRE BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE TODO BRASIL

Texto foi a plenário na semana passada, mas a votação foi adiada após a mobilização de três senadores de SC

O prefeito Adriano Silva (Novo) participou na manhã de ontem, terça-feira (11) da audiência pública no Senado que tinha como objetivo discutir o projeto de lei orgânica que rege as corporações militares do país e que interfere diretamente na atuação de socorristas voluntários. O texto foi a plenário na semana passada, mas a votação foi adiada após a mobilização de três senadores catarinenses e não há previsão de retomada.


Um dos parlamentares da bancada de SC que é contra a proposta é Esperidião Amin (PP), que falou durante o encontro proposto pela senadora Ivete da Silveira (MDB). Ele usou como exemplo países como Chile, que tem 100% dos serviços executados por voluntários, Alemanha (90%), Estados Unidos (70%), Argentina (80%), França (80%), Japão (82%) e Portugal (90%) para justificar que não é exclusividade de Joinville ou de Santa Catarina que esta corporação execute "todos os serviços de bombeiros".

Além disso, criticou a proibição do uso da palavra "bombeiro" por instituições voluntárias porque, em sua opinião, bombeiro é uma profissão e, portanto, "há um equívoco dramático no projeto de lei".

— Acho que não há motivo pra nós entendermos que A é inimigo de B, e eu quero dizer aqui publicamente que o texto do projeto de lei cria essa impressão. Tenho a impressão que A quer eliminar o B, e vice-versa. Não há necessidade disso […]. Em vez de suplementar, devem complementar. E, onde houver os dois, precisam agir em parceria, como é o caso de Joinville — destacou o senador durante a fala.

Vestido com a farda dos socorristas voluntários de Joinville, corporação em que atua há 20 anos, Adriano Silva afirmou que as instituições precisam trabalhar em conjunto e que os voluntários têm segurança jurídica para atuar nas cidades que estão estabelecidos.

O Presidente da Associação dos Bombeiros Voluntários e Equipes de Resgate de Minas Gerais, Fabricio Coelho também esteve presente e discursou. "Em Minas Gerais somos multados pelo Bombeiro Militar se colocarmos o nome Bombeiro Voluntário na camisa"



O trabalho dos Bombeiros Voluntários através das instituições da sociedade civil organizada é um trabalho complementar ao do estado, que cobre parte da grande lacuna dos 80% dos municípios brasileiros sem uma unidade do bombeiro do estado presente.