IGOR E CLEBER SÃO CONDENADOS A MAIS DE 40 ANOS PELO ASSASSINATO DO SARGENTO CÉLIO FERREIRA

"Justiça seria ele estar aqui. Mas a condenação acalenta o coração", disse a esposa do sargento Célio, Mislene Ferreira

IGOR E CLEBER SÃO CONDENADOS A MAIS DE 40 ANOS PELO ASSASSINATO DO SARGENTO CÉLIO FERREIRA

Cleber Roberto Reis Martins e Igor Oliveira Cruz foram condenados, em primeira instância, a mais de 40 anos cada um pelo assassinato do sargento da Polícia Militar Célio Ferreira de Souza, em João Monlevade. Conforme apurado pela reportagem, Cleber foi condenado a 42 anos, 11 meses e 16 dias de reclusão. Já Igor foi condenado a 44 anos, 8 meses e 20 dias de reclusão e 1845 dias-multa. A somatória da pena contempla outros crimes como associação ao tráfico, tráfico, dentre outros.

Os dois se sentaram no banco dos réus em júri popular realizado nesta quinta e sexta (19 e 20), no Fórum Milton Campos. No entanto, é importante informar que conforme a artigo 75 do Código Penal, a pena máxima de reclusão é de 30 anos, já que o assassinato ocorreu em setembro de 2019, data anterior à mudança do artigo, que atualmente prevê pena máxima de reclusão de 40 anos.

O policial militar foi assassinado no dia 27 de setembro de 2019, em uma espécie de emboscada contra a Polícia Militar. Ele e outros militares foram atraídos até um barraco no bairro São João, em que o dono disse que um dos filhos estava sendo ameaçado por uma gangue rival. Célio Ferreira foi ao local, e aguardou. Conforme investigações da Polícia Civil, o proprietário do imóvel avisou o filho, que por sua vez, avisou os demais comparsas.

A Polícia Civil indiciou sete pessoas pelo crime, sendo duas delas Cleber e Igor. As investigações ficaram a cargo do delegado Paulo Tavares e da delegada Camila Batista Alves. Conforme reconstituição feita, inclusive com a participação dos dois citados, Cleber e Igor foram em direção ao sargento, que deu ordem de parada e se identificou como policial. Neste momento, conforme reconstituição, Cleber atirou nele, há uma distância entre 30cm e 60 cm. O primeiro tiro foi acima da orelha esquerda. Ao cair de joelhos, o policial recebeu um tiro acima da sobrancelha, que teria sido o fatal. Um terceiro tiro foi dado na mão esquerda, decepando um dedo. Eles foram indiciados por homicídio duplamente qualificado, dentre eles a não chance de defesa da vítima.

Esposa se pronuncia

A esposa do sargento Célio Ferreira, Mislene Ferreira, conversou com a reportagem do portal Notícia1. Forte, ela declarou. "Justiça seria ele estar aqui. Mas a condenação acalenta o coração". A reportagem se solidariza com ela e com todos que amavam e admiram o policial militar Célio Ferreira.