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POLITICA

Ciro vai seguir decisão do PDT, que negocia apoio a Lula e se reúne nesta terça para decidir sobre segundo turno

Campanha de Lula procurou partido para negociar apoio; tendência é que partido formalize aliança com petista


O candidato à presidência derrotado, Ciro Gomes (PDT), vai acompanhar a posição do seu partido sobre quem apoiar no segundo turno entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do próprio presidenciável. O GLOBO apurou que a tendência é que a sigla formalize a aliança com o petista. O anúncio será feito nesta terça-feira, após a reunião da Executiva da sigla.

Ao fim do primeiro turno, no domingo à noite, Ciro pediu um tempo para anunciar sua decisão. Ao longo da campanha, ele desferiu duros ataques contra Lula. O clima entre os dois piorou na reta final, quando o petista adotou a estratégia do voto útil, ou seja, priorizou a atração de eleitores de Ciro sob argumento de que o pedetista não tinha chance de vencer a eleição e, portanto, a opção por Lula seria o caminho mais eficiente para derrotar Bolsonaro.


Apesar dos embates, apurou a reportagem, Ciro considera necessário uma unificação do PDT, que saiu enfraquecido da eleição. A legenda perdeu duas cadeiras na Câmara Federal, saindo de 19 para 17 deputados, não conseguiu eleger nenhum de seus candidatos aos governos estaduais.

Ciro ficou em quarto lugar na disputa ao Palácio do Planalto, com apenas 3% dos votos. Em sua primeira declaração após a derrota, o pedetista afirmou estar "profundamente preocupado" com o futuro do país, além de pedir um tempo antes de se posicionar.

Um dia após a apuração dos votos, a campanha de Lula já começou a procurar líderes do PDT para negociar o apoio do partido no segundo turno. O ex-prefeito de Niterói e ex-candidato ao governo do Rio Rodrigo Neves conversou com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, para que coordene a campanha de Lula no estado fluminense.

— Agora a hora é da gente se concentrar para combater quem está hoje no Planalto, um antidemocrata. É hora de deixar mágoas de lado. A posição do PDT e do Ciro é fundamental para o segundo turno. Vou defender o apoio a Lula na reunião do partido e quero fazer a minha parte no Rio — disse Neves ao GLOBO.

Durante entrevista à Globonews, Gleisi revelou que também já está negociando com o presidente do PDT, Carlos Lupi:

— Falei a ele (Lupi) que gostaríamos muito de ter o Ciro na nossa campanha. Que ele pudesse agregar, vir junto. Temos questões programáticas que são muito parecidas com o que o Ciro falou na sua campanha. A questão da renegociação da dívida, a escola em tempo integral, o auxílio. São questões que do ponto de vista de programa, a gente tem uma boa conversa para fazer.


Apoio de Tebet

Nesta segunda-feira, o presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, defendeu que a executiva da sigla aprove nesta terça-feira o apoio a Lula. A nota de Freire abre caminho para a senadora Simone Tebet (MDB), que ficou em terceiro lugar. Cidadania e PSDB fecharam uma aliança nacional com Tebet na corrida ao Palácio do Planalto e abriram mão de uma candidatura presidencial.

"Simone emerge como uma liderança nacional que terá voz ativa e participação nos processos decisórios que terão desenlace a partir desta terça-feira. Informo ainda que encaminhei à Executiva Nacional posicionamento a favor de que o partido declare apoio a Lula no 2º turno", disse Freire.

Após a apuração das urnas neste domingo, a senadora disse que não ficaria neutra, mas ainda não anunciou de que lado ficará. Em entrevistas no primeiro turno, no entanto, ela já havia dito que sempre se manteria ao lado da democracia, o que é visto por aliados como uma sinalização na direção do ex-presidente.

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