A Petrobras (PETR3;PETR4) anunciou que, a partir da próxima quarta-feira (25), o preço médio de venda de gasolina A da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,08 para R$ 3,31 por litro, um aumento de R$ 0,23 por litro, ou de 7,5%.
Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 2,42 a cada litro vendido na bomba.
De acordo com a companhia, "esse aumento acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio".
O preço do petróleo brent, referência para a Petrobras, ultrapassa os US$ 88 nesta terça no mercado internacional e, conforme ressalta o Goldman Sachs, os preços da gasolina na costa do Golfo já avançaram 37% em reais.
"Assim, acreditamos que a Petrobras está seguindo, até certo ponto, movimentos de preços internacionais. Finalmente, notamos que este ajuste aconteceu sob a equipe gestora escolhida pelo governo anterior [de Jair Bolsonaro]. A nomeação do novo CEO [Jean Paul Prates] será discutida pelo conselho na quinta-feira, de acordo com a Petrobras", reforça o Goldman.
Levando em consideração esse aumento, o Goldman vê agora os preços da gasolina da Petrobras 17% abaixo dos preços do Golfo, enquanto vê os preços do diesel 9% abaixo. Para referência, o desconto médio face aos preços internacionais foi de 4%/14% para o diesel/gasolina em 2022, aponta o banco. Já as margens de refino consolidadas para a estatal permanecem em níveis saudáveis, apontam os analistas.